27 de jun. de 2008

Amanhã é dia do orgulho gay... e dia 29 tem parada....

Hoje eu e Raio verde fomos dar uma conferida na estreia do documentário "vida fora do armário" na Cinemateca de Curitiba.

"O documentário “Vida Fora do Armário” retrata histórias de vida de um gay, um casal de lésbicas, um transexual masculino, uma transexual feminina e uma heterossexual aliada da causa LGBT. O curta-metragem é uma realização da Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) e foi produzido através de parceria com o Ministério da Cultura (MINC) e apoio do mandato do Deputado Federal Dr. Rosinha. A produção é assinada pela Coelho Produções, com apoio do Projeto Olho Vivo, que já tratou do universo GLBT em dois outros documentários: “Singularidades” e “Ser Mulher”, que atualmente se apresentam pelo Brasil através da participação em festivais de cinema."

Gostei muito do documentário e até conhecemos os participantes heheheh, digo os que sairam fora do armário...O documentário marca a abertura dos eventos em comemoração ao orgulho gay.... no dia 29/06 tem parada aqui em Curitiba, mas é no dia de amanhã que se comemora o dia do orgulho gay. Mas você sabe como isso começou?.... em 1969 em Nova York. No bar Stonewall era comum encontrar lésbicas, gays, drags e travestis, pois o recinto tinha um grande atrativo: permitia que casais do mesmo sexo dançassem sem nenhum problema. Obviamente, assim como todos os outros bares "friendly" da cidade, estava sujeito a recorrentes batidas policiais sempre com alguma desculpa burocrática. Era comum os policiais fecharem esses bares durante as batidas. Curiosamente (ou não tão curiosamente assim), era comum os policiais levarem presos homens e mulheres que estivessem travestidos. No dia 28 desse ano, ocorreu mais uma batida no Stonewall, no entanto, a reação do público foi diferente.

Ao verem que as travestis estavam sendo presas injustamente, as outras pessoas resolveram se solidarizar e iniciaram uma verdadeira guerra declarada com os policiais, muitos gritos, muitas brigas, clima tenso. Dentro do próprio bar os policiais se refugiaram para tentar se defender da reação de lésbicas, gays e do público em geral que lá se encontrava. Um reforço policial foi requisitado para conter tamanha comoção. Enquanto isso, pedras, garrafas, tijolos e até fogo em latas de lixo foram utilizados como forma de protesto.

No dia seguinte a polícia voltou ao bar com mais reforços, só não esperavam encontrar um grupo de pessoas muito mais organizado, engajado e com visão política sobre a situação. Novos ataques foram feitos, gritos e pichações com pedido de igualdade de direitos compunham a cena histórica. No terceiro dia tudo parecia ter voltado ao normal, o bar foi reaberto e a clientela voltou a ocupar seu habitual espaço. Começava então um novo tempo, onde era preciso gritar pelos seus direitos e exigi-los, ao invés de ficar esperando que as mudanças acontecessem com o tempo.

E assim tem sido até hoje, com esta data sendo escolhida como marco da luta pelos direitos dos LGBTS.



P.s. Perguntara-me porque LGBTS e não GLBTS, as lésbicas ganharam a disputa para alteração da sigla na primeira conferência nacional de gays, lesbicas e transexuais do Brasil, portando daqui para frente será LGBTS )

Mais informações sobre a parada aqui.

1 comentários:

.:. disse...

o documentário superou minhas expectativas... eterna marom

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